terça-feira, 22 de março de 2011

Barack Obama e o motivo de sua real visita.

Pretendo retornar com o blog e nada mais me instiga a escrever do que a visita do presidente dos Estados Unidos da (fucking) América. Sim, ele é o homem mais poderoso do mundo, mas por que ele é tudo isso?! Porque os outros países abaixam as suas cabeças para o que ele diz.
Acho um verdadeiro absurdo a festa que o povo brasileiro fez para ele. Ele não veio para visitar, ele não estava feliz ao ficar vendo aquelas crianças lutando capoeira, pensou: "O que esse bando de pobre subdesenvolvido estão fazendo!?", deve ter achado um saco ir no Cristo Redentor.. Ele só veio para colocar as garras fétidas em cima do nosso petróleo. Afinal, onde ele roubava anteriormente, não dá mais o espaço que dava e aqui ele encontra um país subdesenvolvido que acabou de achar uma grande de petróleo e está afim de se dar bem com isso.
Barack Obama não estava nem aí para aquelas criancinhas que se sentiam maravilhadas em estar se apresentando para o presidente dos Estados Unidos. Ele queria era saber onde assinava para mandar todo o petróleo para o seu país. Não porque ele é negro que ele vai ter compaixão pelos mais pobres, aliás, para chegar à presidência dos EUA, a pessoa não pode ter compaixão de ninguém.
Já escrevi isso aqui uma vez e escrevo de novo para deixar bem claro:

“A América para os americanos. Ora, proporia com prazer um aditamento: para os americanos, sim senhor, mas bem entendido, os americanos do norte. Comecemos pelo nosso caro vizinho, o México, de quem já comemos um bocado em 1848. Tomemo-lo. A América Central virá depois, abrindo nosso apetite para quando chegar a vez da América do Sul. Olhando para o mapa, vemos que aquele continente tem a forma de um presunto. O Tio Sam é bom de garfo: há de devorar este presunto. Isto é fatal, isto é apenas uma questão de tempo Willian Evarts, Secretário de Estado do Presidente James Monroe (1817-1825)

Vocês podem pensar: "Ahh, mas olha a data disso? Foi há muito tempo!". Mas eu tenho certeza que isso não mudou e nunca vai mudar. Eu queria muito que o pensamento do povo mudasse e passassem a enxergar além do sorriso largo de Obama ao ver aquelas crianças ao lutarem capoeira. Queria que eles pensassem mais no seu próprio país do que aceitar de braços abertos alguém que vem usurpar nossas riquezas.

domingo, 27 de junho de 2010

Antes de tudo, brasileira.

Sei que o nosso país tem muitos problemas sociais. Digo apenas sociais porque nossa economia vai de vento e popa e se tivéssemos uma administração melhor todos esses problemas seriam resolvidos. Mas não vejo a possibilidade de deixá-lo. Deixar o meu país, seria deixar o meu povo brasileiro sem uma solução para suas vidas.
Não temos como culpar o povo brasileiro do que acontece com o Brasil. Não nos deram educação de qualidade para que pudéssemos pensar sobre em quem votar. Isso não é de interesses dos políticos. Achamos que é fácil pensar, mas não é. Quem acha fácil, foi ensinado a pensar. A maioria dos brasileiros não tem isso. Nós sabemos que é errado votar em uma pessoa simplesmente porque ela consertou a goteira de casa ou nos deu um prato de comida ou uma dentadura nova. Porém para quem não tem nada, isso é muito. Até mesmo as pessoas mais letradas não sabem votar. Duvido que não existem pessoas inteligentes por aí que vão votar no Serra ou na Dilma.
Porém é impensável, para mim, fechar os olhos para isso e ficar calada. Existem países melhores, mas não adianta apenas sair daqui e deixar o Brasil para trás. Se nós queremos um lugar melhor para viver, temos que mudar o lugar onde moramos. A mudança começa a partir de nós! Se cada um fizer um pouco pelo Brasil, isso será muito. Está na hora de parar de elogiar países de primeiro mundo para tentar melhorar o nosso país!
Esses países só estão na posição que eles estão porque sugaram tudo que nós tínhamos. Para eles ficarem ricos, eles incentivaram a nossa pobreza. E não é só do Brasil não! Fizeram isso com toda a América Centra e Latina, Ásia, Oriente Médio e, principalmente, a África! E não, a África não é aquela felicidade que a Globo mostra para a gente na Copa. Existem coisas muito piores por trás daquilo tudo!
E depois de tudo que eles fizeram com a gente, ainda existem pessoas que amam esses países de primeiro mundo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Outro dia, sentada na mesa do restaurante dos meus pais, entrou uma moça que pede dinheiro na rua. Ela é negra e não tem uma perna do joelho para baixo, pois, pelo que sei, um trem passou por cima e arrancou. Ela fica de muletas pedindo dinheiro ali perto, talvez porque ninguém dê um trabalho ou talvez por comodismo. Porém o que importa é que ela é uma pessoa como qualquer outra e que merece ser tratada dignamente.
Nas primeiras vezes que ela foi lá, não foi muito educada. Depois de um tempo, passou a ser. Acho que ela agiu assim porque não está acostumada a ser tratada com educação, as pessoas passam por ela e fingem que ela nem existe. Não sei porque ela mudou de atitude.
Pois bem, como essa moça não consegue fazer seu prato e segurar as muletas ao mesmo tempo, a nossa funcionária estava fazendo para ela. Estava cheio e não tinha mesas sozinhas, então ela sentou em uma mesa que já tinha uma senhora. Imediatamente, essa senhora levantou, jogou sua comida fora, pagou e foi embora. No outro dia, essa senhora voltou e pediu para falar com a gerente, minha mãe saiu da cozinha e foi atendê-la. Ela disse para a minha mãe que ela deveria ter um lugar específico para esse "tipo de gente". Minha mãe não entendeu e perguntou qual seria o tipo de gente que ela falava. A senhora disse que era esse tipo de gente de rua. Para completar, ela ainda disse que a moça estava fedendo, que ao sentir o cheiro dela teve ânsia de vômito e, pior, perguntou para a minha mãe como aquela moça não tinha R$ 1,00 para comprar um sabonete. Em que mundo estamos que pessoas sentem ânsia de vômito de outras pessoas? Será que se aquela moça tivesse todo dia um real, ela iria comprar um sabonete ou algo para comer?
As pessoas falam como se fosse muito fácil, mas não se colocam no lugar das outras. Eu sei que aquela moça que pede dinheiro não gosta de cheirar mal, que moradores de rua não gostam de comer a comida do lixo, que ninguém queria estar catando lixo no lixão. Infelizmente, eles fazem o que podem para sobreviver, pois, ao contrário do que o governo passa, não está fácil arranjar emprego. Se formados em direito fazem prova para gari, como uma pessoa que mal terminou a 4ª série vai arranjar um emprego? Muitos dizem: "Ahhh, faz uma faxina!", mas será que quem diz isso gostaria de ter que fazer uma faxina, ganhar mais ou menos R$ 20,00 por faxina? Ou preferiria ficar pedindo dinheiro nas ruas e ganhar mais do que isso? Como disse antes talvez seja comodismo, mas não são apenas eles no mundo todo que gostam de comodismo. Se as pessoas tivessem seu sustento sem trabalhar, ela iria trabalhar para que?
Além disso, o governos nada ajuda, pois quando resolvem ser camelôs, tem suas mercadorias roubadas porque não são legalizadas. Em compensação quando procuram se legalizar, como é o caso dos meus pais, é uma burocracia gigantesca.
As pessoas não sabem o que é passar necessidade. Passar necessidade não é não tem aquela bolsa ou sandália da moda, não é abrir a geladeira e ver que não tem refrigerante. Necessidade é ter que andar descalço; é nem ter uma geladeira para abrir; é morar em um lugar que, quando chove, desaba; ou tem tiroteio todos os dias; ou não tem coleta de lixo, nem tratamento de esgoto com ratos, baratas, moscas... É difícil imaginar? É nojento? Mas esses lugares existem e não são longe daqui não.
Tem coisa pior ainda: morar na rua. Ninguém pensa como é, mas como seria ter que deitar em papelão e se cobrir com jornal? E como seria não ter nem isso? Ninguém pensa, eu também não pensava. Agora será que aquela senhora, se estivesse no lugar da moça da perna amputada e tivesse apenas um real na mão, ela iria comer ou compraria um sabonete?

domingo, 9 de maio de 2010

Vim expressar minha raiva pelo prefeito Eduardo Paes. Primeiro que eu nunca gostei daquela cara de "Mauricinho-que-mora-em-condomínio-luxuoso-da-Barra-da-Tijuca", segundo que simplesmente empaca a vida de muitos cariocas que querem chegar ao trabalho, faculdade e outros compromissos NO HORÁRIO.
Eu tenho que acordar 5:30 da manhã para poder chegar na minha faculdade às 8:40 que é no Centro do Rio. Saio de casa as 6:30, se eu me atraso e saio as 7:00, tenho um longo engarrafamento pela frente. Porque, simplesmente, a linha vermelha está um caos! De manhã e no final da tarde, já é um engarrafamento gigantesco. Com obra é pior ainda e todos os horários tem engarrafamento!
Eu concordo plenamente que tem que melhorar a linha vermelha, está cheia de buracos e tudo mais. Porém é desnecessário colocar divisões entre a linha vermelha e a favela da Maré. Qual é a finalidade daquilo? Deixar apenas duas pistas passar as 7:30 da manhã para esconder a favela?
Outro dia, estava voltando da faculdade, era meio dia mais ou menos, um sol de 40º graus e os homens trabalhando. Além de fazer um engarrafamento enorme, um calor dentro da van, os homens trabalhavam no asfalto quente! Isso é um horror.. Por que não colocam eles para trabalhar a noite? Está mais fresco e não tem tanto fluxo de carro. Mas eles não querem pagar adicional noturno aos trabalhadores. Preferem deixar as pessoas 2 horas no engarrafamento e trabalhando no sol.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Para que comemorar 50 anos de Brasília?

Eu, como estudante de história, não posso ficar quieta com essas comemorações toscas sobre o aniversário de Brasília. Todo mundo acha que o presidente JK foi um gênio ao criar Brasília, mas não foi. Para fazer aquilo tudo ele endividou o país de tal forma que só tivemos dinheiro para pagá-la com o Lula no poder. Além disso, essa dívida causou, nos anos seguintes, uma grande inflação no país. Outro motivo foi afastar a moradia do presidente do povo. Não queria muita gente vigiando o que ele estava fazendo, nem ninguém opinando nas decisões que ele iria tomar.
Com a mudança da capital, muitas pessoas foram para lá tentar vida nova. O que causou a criação das cidades-satélites. Brasília, então, é um lugar próspero cercado de moradias irregulares de pessoas que saíram de suas cidades para tentar algo melhor. Não seria mais fácil, continuar com a capital no Brasil, não ter a dívida externa e melhorar as outras cidades do Brasil para que não tivesse uma super-lotação nas metrópoles. E, talvez, a gente não teria metrópoles e sim cidades com um mesmo nível. Sem ninguém precisar sair de sua terra natal para ter uma vida melhor.
Enfim, a história não é feita de "se" e sim de fatos. E o fato é que nada foi proveitoso para o Brasil como um todo na mudança da capital, porém infelizmente ainda tem pessoas que comemoram isso.

sábado, 10 de abril de 2010

Segurar a raiva: bom ou ruim?

Hoje não pretendo fazer nenhum comentário político e sim pessoal. Ontem, no trabalho, tive um desentendimento com um colega, para não mandar ele para casa do c... resolvi não falar nada e, como já estava na hora de ir embora, peguei minhas coisas e tomei meu rumo. Saí dali pensando quantas coisas eu evitei e também quanta raiva guardei para mim.
Não xinguei, não bati, não gritei, mas em compensação se uma outra pessoa chegasse pra mim e falasse: "Nathalia, como você está bonita..." ia receber uma bela cara feia e talvez alguns xingamentos.
Porém essa pessoa nada tem a ver com que aconteceu e talvez nem venha falar comigo mais. Por outro lado, se eu tivesse feito tudo que eu sou acostumada a fazer, eu estaria mais leve. E iria ficar feliz se falassem que eu estava bonita.
Conclusão, fiquei com a raiva dentro de mim. Algo engasgado na garganta que era para ser dito e não foi. Essa sensação para mim foi muito ruim, logo eu que sempre fui MUITO impulsiva. Talvez esse negócio de contar até dez não funcione comigo.
Posso ser mal educada, sincera, impulsiva, teimosa, qualquer coisa desse tipo, mas eu sou eu. Não tento ser ninguém diferente. Minhas ações são intuitivas, de momento e quando eu parei para pensar e não fiz o que era para fazer, eu me senti mal.
Fico pensando que se as pessoas fossem cada vez mais elas mesmas, a falsidade seria melhor, teria mais amizade, sei lá.. As vezes a sinceridade não é tão ruim. É até bom saber o que as pessoas realmente pensam, sem máscaras, sem fantasias, só pessoas normais, de carne e osso. Afinal, ninguém é robô, todo mundo tem sentimentos e temos direito de mostrá-los mesmo sendo bons - como amor e alegria - quanto ruins - como a raiva.
O nosso corpo não aguenta muita raiva acumulada é como se fosse uma bomba. Quanto mais raiva, maior a explosão. Por isso eu prefiro continuar colocando tudo o que eu sinto para fora, faz mal para a mente e para o corpo guardar tanto sentimento ruim.
Enfim, não vou transformar esse blog em um "Relato diário da minha vida" - nada contra - mas fiz esse blog com outro intuito. Entretanto não é um relato apenas e sim, quero chamar a atenção para a sinceridade que todo mundo acha defeito, mas que deveria ser vista como qualidade. Repito: quanto mais sinceridade, menos falsidade. Eu prefiro ser sincera do que falsa. E você, prefere o que?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

É realmente muito triste ver o que está acontecendo no Rio. Mais de cem mortes e o senhor governador diz que as pessoas é que moram em área de risco. Ué, ele mesmo disse que ia construir casas populares. Onde estão? Elas estão em áreas de risco sim, mas será que esse era o sonho delas? Com 10 anos de idade elas pensavam: "Ahhh quando eu crescer, eu vou morar em um barraquinho no alto do morro, só pra ver ele desabar com a chuva!" Claro que não!
Elas simplesmente não tem para onde ir, não tiveram oportunidade de morar em uma mansão na Barra da Tijuca. E o Cabral dá a entender que eles estão ali por que querem? Claro, ali está TUDO o que eles tem. É difícil entender isso quando nós moramos em um lugar estável, que não alaga, quando temos um ar condicionado para nos esfriar no calor de 40°, quando temos um edredom bem fofinho no frio, quando temos sempre bife com batata frita ou se por ventura não tem comida em casa, vamos para um restaurante.
Infelizmente, eles não tem isso e ainda perdem a casa. Está na hora de relembrar suas palavras, senhor governador, e contruir as tais casas populares. Melhorar a vida dos cariocas assim como o senhor prometeu na sua campanha. E não colocar a culpa nelas por estarem ali, elas não tiveram escolha. O senhor teve e escolheu ser mau caráter, corrupto, um péssimo governador para o Rio dentre muitos outros defeitos. Garanto que aquelas "pessoas da área de risco" são muito melhores do que o senhor!